O primeiro europeu a trazer notícias sobre a existência
dessas ruínas foi Martin Baumgarten, que as descobriu em janeiro de 1508, e,
daí em diante, ousados viajantes, foram
passando mais informações a respeito do local. Em 1751, Robert Wood, um desses
aventureiros, e o artista James Dawkins, que o acompanhou na viagem,
restauraram parte da antiga fama do lugar quando o descreveram em palavras e
esboços. "Quando comparamos as ruínas... com as de muitas cidades que
visitamos na Grécia, Egito e outras partes da Ásia, não podemos evitar de as
considerar como os restos do mais ousado projeto que já foi tentado na
arquitetura." De fato, em certos aspectos, ele era ainda mais ousado do
que as grandes pirâmides do Egito. O local ao qual Robert Wood tinha chegado
era um panorama onde o topo da montanha, os templos e o céu se combinavam num
cenário único.
Baalbek é o local
dos templos romanos localizados na planície Beqa, situado perto do local onde
as águas do rio Litani se drenam dirigindo-se para sul e para o rio Orontes. Este
local foi um dos primeiros centros de culto a divindades que foram posteriormente
identificadas pelos romanos com Júpiter, Mercúrio e Vénus. Os templos romanos estão
orientados aproximadamente num eixo este-oeste, com as entradas de frente para
o leste.
Templo de Júpiter
Seis colunas originais do Templo de Júpiter ainda estão de
pé com o seu entablamento. Elas têm 20 m de altura e 2,5 m de diâmetro. Há relatos
do século 18 da existência de nove colunas que estavam de pé, mas o terramoto
em 1759 derrubou três deixando as seis que são vistas hoje.
Estas e outras ruínas aqui encontras são do maior templo
romano de que se tem notícia fora de Roma, mas nas montanhas do Líbano. Elas
incluem um grandioso templo a Júpiter, o mais imponente da Antiguidade dedicado
a um único deus.
Templo de Baco
O templo de Baco foi construído no século 2 dC pelo
imperador romano Antonino Pio, mas ainda estava incompleto quando Constantino,
o Grande fechou os templos de Baalbek. O Templo de Baco é o mais bem preservado
templo romano em todo o Médio Oriente.
Pedra representando
um mulher grávida
A pedreira Romana está localizada a cerca de um quilómetro
(1 km) ao sul dos templos. A pedra maciça, conhecida localmente como Hajjar
el-Hibla ("Pedra da Mulher Grávida"), permanece na pedreira ainda
ligada à rocha. É a maior do que as pedras usadas na construção do templo de
Júpiter. Ela mede 20 m de comprimento, 4 m de largura e 4 m de altura, pesa
mais de 1.000 toneladas.
O local fica nas montanhas do Líbano, onde elas se separam
para formar um vale fértil e plano entre a cadeia do "Líbano" a oeste
e a cadeia do "Anti-Líbano" a leste, ponto onde dois rios, conhecidos
desde a Antiguidade, o Litani e o Orontes, começam a correr para o
Mediterrâneo. Os imponentes templos romanos foram construídos sobre uma vasta
plataforma horizontal, artificialmente criada a uma altitude de 1200 metros
acima do nível do mar. O recinto sagrado era cercado por uma muralha que servia
tanto de muro de arrimo para conter a terra amontoada como para proteger e
encobrir o complexo de edificações. A área fechada, num formato mais ou menos
quadrado, com lados de cerca de 800 metros, media mais de 465 mil metros
quadrados.
Ciente das raízes muito antigas da veneração do local, o
gramático e astrónomo romano Macróbio (Ambrosius Macrobius Theodosius) esclareceu
os seus compatriotas com as seguintes palavras (Saturnalia I, Capítulo 23):
Os assírios também adoram o Sol sob o nome de Júpiter.
Chamam-no de Zeus Helioupolites e conduzem importantes ritos na cidade de
Heliópolis...
O fato dessa divindade ser ao mesmo tempo Júpiter e o Sol
manifesta-se tanto na natureza de seu ritual como na sua aparência externa...
Para evitar que alguém, tentando argumentar, comece a citar
uma lista de divindades, explicarei o que os assírios acreditam sobre o poder
do seu deus do Sol. Eles deram o nome de Adad ao deus que veneram como o maior
e mais alto...
Localizada a 1150 m acima do nível do mar, as maiores ruínas
de templos em todo o mundo. Baalbek, cidade do filho do deus Baal, também
conhecida como Heliópolis, residência do deus grego Hélios.
(Génesis capítulo 6, A. T.) |
A construção inclui templos preservados, como o templo de
Baco, que em si é maior do que a Acrópole, em Atenas.
As seis colunas restantes do templo nas proximidades de
Júpiter e sua plataforma, são tão grandes que você poderia dizer que pelo
tamanho, foram construídas por e para gigantes.
"Naqueles dias havia gigantes na terra, e mesmo depois
que se juntou os filhos de Deus com as filhas dos homens e as crianças
nasceram. Eles foram heróis de antigamente, homens de renome.
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