28/06/2012

Yorgan Tepe e os costumes dos Patriarcas Bíblicos


O nome Nuzi é uma forma variante do nome Nuzu, e muito empregada pelos especialistas, pelos quais consideram mais correto. Embora utilizam-se os dois nomes. “Devemos Ter em conta que Nuzu é o caso do sujeito Nominativo e Nuzi o indireto genitivo, pelo qual parece mais aceitável empregar a primeira grafia.
Hoje a cidade de Nuzi, é conhecida como Yorgan Tepe, e situa-se na Mesopotâmia. É o antigo centro Hurrita, situado a treze quilómetros ao sudoeste de Kerruk na alta Mesopotâmia. É um montículo situado a duzentos e quarenta e um quilómetros aéreos ao norte de Bagoa.

Hoje conhecemos a língua, a religião, os rituais, graças aos textos encontrados em Nuzi, sobretudo os costumes sociais e Jurídicos. A eles deve-se o impetuoso retomar da vida urbana, a arquitetura mais evoluída, o amplo uso do metal, as novas formas de cerâmica, postas a descoberto pela arqueologia em todo o oriente médio.
A cidade era povoada pelos Hurrianos, os desde longos tempos desaparecidos Horreus, e os Jebuseus do Antigo Testamento. Os Hurritas eram rudes montanheses que desciam dos montes Cáucaso, atraídos pelas férteis planícies Mesopotâmicas e, talvez, já impelidos por povos Arianos, provenientes do Oriente. É um dos grandes méritos da arqueologia moderna dar-nos a conhecer esses invasores, que de 1700 a 1400 A. C, parecem ser a força principal da Ásia Ocidental e os principais intermediários entre a cultura Sumérico-Acádica da Mesopotâmia e do ocidente.

Os patriarcas provinham desta região do país, e tinham vivido em Harã que era predominantemente Hurrita e Horréia. Eles se mantiveram em contato com esse lugar durante muitas gerações subsequentes, e devido à falta de leis e costumes próprios por que não se havia escrito o Antigo testamento, identificam-se muitas vezes com as leis desta região.
A arqueologia do Antigo Oriente, aliás, encarregou-se de confirmar a historicidade substancial das tradições patriarcais. Embora não nos tenha fornecido nenhuma informação direta sobre as vicissitudes dos patriarcas, demonstrou-se, porém, que elas não só se enquadram perfeitamente na história oriental do segundo Milénio, como concordam com os hábitos Sociais e Jurídicos do tempo.
A atenção dos estudiosos dirigiu-se, sobretudo a 4000 tabuas cuneiformes, procedentes dos grandes arquivos familiares, escritas em língua acádica, com profundos influxos heurísticos. Com elas pode-se reconstruir o ambiente social e familiar daquela população que viveu em 1400 A. C, singularmente afim ao dos patriarcas Hebraicos; daqui sua extrema importância a ser analisada.
Escrita cuneiforme encontrada
em Nuzi.
Muito mais notáveis e interessantes são os elementos sedentários que os patriarcas hebraicos mutuaram das populações paradas com que entraram em contato na alta Mesopotâmia são conhecidas não pela Bíblia, mas pela exploração arqueológica. Aquela em vez nos dá conhecer o povo de Canaã: Habitantes de Siquém, incursões e por isso não Cananeus (Gén 34:14), denominados Heveus (Gén 34:2) pelo texto Massorético e Hurritas pela versão grega dos Setenta; vem em seguida os habitantes de Hebron e dos arredores chamados Hititas.

Alguma semelhança cultural é encontrada na antiga cidade de Nuzi pode ser comparada com os costumes bíblicos. Entre eles, cinco serão destacados:
(1) O intercâmbio de propriedade, onde todas as transacções tinham a ver com a transferência de propriedade, eram anotadas testemunhas, seladas, e proclamadas na porta da cidade (Gén 23:10-18.
(2) Os contratos matrimoniais, onde incluíam uma declaração de que se podia presentear a recém-casada com uma criada como foi o caso de Lia e Raquel (Gén 29:24,29). O contrato continha um dispositivo que obrigava a uma empregada sem filhos proporcionar a seu esposo uma criada que pudesse Ter filhos como Sara deu Agar a Abraão (Gén 16:3), e Raquel deu Bila a Jacó (Gén 30: 3-6).

(3) A adopção era praticada em Nuzi quando um casal sem filhos adoptava um filho para que este cuidasse deles enquanto vivessem, os sepultassem quando morresse e fosse herdeiro de seu património. Especificavam, porém que se chegasse a Ter filho legítimo, o filho adoptivo perderia seus direitos de herdeiro. Isto parece explicar a adoção de Eliezer como herdeiro por parte de Abraão, antes do nascimento de Isaque, e a mudança subsequente quando o senhor prometeu que lhe nasceria um filho legítimo e este seria seu herdeiro (Gén 15:2-4).
(4) O direito de primogenitura é apresentado em Nuzi como fora de regra também, assim como Jacó recebeu as bênçãos de seu irmão Esaú.

(5) Herança. Em Nuzi existia uma lei no sentido de que a propriedade e a liderança da família podia ser passada ao esposo de uma filha, sempre e quando o pai tivesse entregue seus ídolos familiares ao genro. Assim quando Labão alcançou Jacó e buscou euforicamente em seu acampamento os ídolos familiares, não pode encontrar por que Raquel havia tomado os ídolos do lar, e os tinha escondido e assentado sobre ele (Gen 31:30-35).
Escavações
As escavações americanas foram feitas de 1925 a 1931, dirigidas por E. Chiera, E. A. Speiser, R. H. Pfeiffer, R. S. Starr, revelaram doze estratos, que vão da idade calcolítica (4500 A. C) até bronze recente (1500 ?1200 A. C). Um palácio só parcialmente escavado é constituído por um grande pátio central, em torno do qual encontra-se salas de visita, quartos privados, ofícios, armazéns; um templo inicialmente formado por uma cela mostra sete reconstruções.
Do palácio e das quintas privadas, ou casa de gente endinheirada, a equipe de arqueológicos recuperou 20.000 tapuias de argila, que haviam sido escritas por escribas hurrianos na língua cuneiforme babilónica, mas com o emprego ocasional de palavras nativas dos Horreus e dos Hurritas. As tabuinhas consistem de contas comerciais, contratos, informes e sentenças judiciais que revelam o estilo de vida das principais famílias durante quatro ou cinco gerações. É extraordinária a forma como os paralelos entre as narrações patriarcais de Génesis e os costumes e as condições sociais destes povos sustentam precisão histórica da Bíblia.
Vestígios
Foram encontrados alguns vestígios em Nuzi, que comprovam por meio das descrições, conceitos usados pelos patriarcas.

Vamos analisar primeiro o caso da adopção. Em Nuzi deu-se a mesma possibilidade de que a mulher estéril tivesse filhos da própria escrava: naturalmente com a consequência de não estar mais autorizada a expulsá-los de casa. Uma tabuinha expressa-se da seguinte maneira: “Kelim-Ninu foi dada em esposa a Serima. Se Kelim-Ninu lhe der a luz filhos, Serima não tomará outra mulher da região de Lulu, para a esposa de Serima, e Kelim-Ninu não poderá exortar a que chegou”

Dentro desses contratos matrimoniais, incluíam uma declaração que podia-se entregar uma criada para facilitar a vida da casada. É o caso de Lia e Raquel encontrada em Génesis 29:24. O contrato dizia que obrigava uma esposa sem filhos proporcionar a seu marido uma criada que pudesse gerar um filho, como o exemplo de Sara proporcionado Agar para Abraão (Gén 30:3-6).
“Às vezes nascia ao casal um filho legítimo depois que tiveram adoptado um menino. Os costumes de Nuzi antecipavam esta eventualidade ao determinar que um filho adoptivo seria subordinado ao filho legítimo em tais circunstâncias. Podemos ver um caso semelhante: Ismael nasce e quita a Eliezer de sua posição de principal herdeiro, e mais tarde o nascimento de Isaque à esposa de Abraão lhe dava a prioridade sobre Ismael, o filho da escrava.

Há um vestígio importantíssimo, explicando tal citação: “Se me nascer um filho, ele será o primogénito e receberá duas porções. Mas se a mulher de Akabshenni der a luz a dez filhos, então todos serão os herdeiros) maiores, Shelluni torna-se herdeiros secundários) Hss v7.”
Outro exemplo da importância das descobertas em Nuzi é os relatos antes da morte. Podemos destacar a expressão ouvida dos lábios do velho Isaque: “Estou velho e não sei quando vou morrer (Gén 27:2)”, era em Nuzi uma forma técnica, que acompanhava uma solene declaração e possuía determinadas finalidades socil-jurídicas; ela exprimia a última vontade de um homem antes de sua morte. “As decisões do pai no leito da morte tinham em Nuzi importância especial Certo Tarmiya apresenta-se aos Juizes e diz: “Meu pai tomou meu caso, os filhos mais velhos casaram, tu, ao invés, não. Por isso dou-te por esposa Sululi-Ishtar” (AASOR, XVI, 56)”
Nuzi apresenta outros vestígios, porém os de mais relevância para esclarecimentos Bíblicos foram já citados.

Esta pesquisa não é um apoio aos atos socio-jurídicos cometidos pelos patriarcas bíblicos, mas sim uma comprovação histórica pela arqueologia que eles existiram.
Fonte http://www.nistocremos.net/2007/10/yorgan-tepe-e-os-costumes-dos.html

26/06/2012

O Valor das Relíquias e Artefatos Bíblicos Encontrados em Israel

De vestes sacerdotais
Este pequeno sino de ouro (apenas meia polegada de diâmetro) é um dos mais recentes artefatos bíblicos encontrados numa escavação arqueológica em Jerusalém. Porque foi encontrado perto do Monte do Templo, os escavadores acreditam que ele pode ter sido um dos sinos costuradas ao vestuário sacerdotal, como descrito em Êxodo 28:33-35.
Para muitos arqueólogos profissionais, "relíquia" é uma palavra imprópria. Artefatos bíblicos encontrados por terem uma ligação direta a uma pessoa específica ou uma história na Bíblia são, por vezes denegridos como sendo sem valor arqueológico. Esses artefatos bíblicos são deixados de lado em favor dos mais importantes descobertas arqueológicas que lançam luz sobre antigas estruturas sociais ou a vasta história de um povo.

E mesmo, quando este vai ajudar as relações públicas, os arqueólogos muitas vezes entram em especulações sobre uma conexão bíblica às suas últimas descobertas.
Um exemplo recentemente em Jerusalém. Enquanto escavação perto do Monte do Templo, onde os antigos templos judeus ficavam, os arqueólogos Ronny Reich e Eli Shukron descobriram um pequeno sino de ouro de meia polegada de diâmetro, com um pequeno laço na parte superior. O comunicado feito por Israel Antiquities Authority (IAA) à imprensa anunciando a descoberta, Reich e Shukron sugerem que a campainha pode ter sido "usado por um alto funcionário em Jerusalém", sem dúvida, referindo-se às vestes sacerdotais mencionados em Êxodo 28:33-35. Essa passagem descreve as vestes sacerdotais de Aarão como tendo campainhas de ouro, os sumo-sacerdotes sucessivos do Templo de Jerusalém usavam campainhas de ouro nas bainhas das suas vestes sacerdotais.

O público ficou fascinado com o pequeno sino de ouro e o seu toque, mesmo que ofereça poucas informações sobre a história de Jerusalém. Como Hershel Shanks escreveu na sua coluna sobre o sino em maio / junho 2012 edição da Biblical Archaeology Review, "todos nós temos um interesse legítimo em relíquias ... [que] nos dão uma relação emocional com um passado significativo."

Enquanto outras descobertas arqueológicas podem contribuir mais para a nossa compreensão da história, relíquias e outros artefatos bíblicos ainda são de grande valor.

Para continuar lendo sobre o sino de ouro que pode ser de antigas vestes sacerdotais, bem como a importância de outros artefatos bíblicos encontrados em Israel e em outros lugares, ver Hershel Shanks: "Relíquias vs Arqueologia 'real'", em maio / junho 2012 edição da Biblical Archaeology Review.

24/06/2012

A Inscrição do “Irmão de Jesus” é Autêntica!

Anunciamos o achado numa conferência de imprensa em 21 de outubro de 2002. No dia seguinte, o ossário foi na primeira página de todos os jornais do mundo, incluindo The Washington Post e The New York Times. Quando os jornalistas tentaram constatar com o IAA para comentar o assunto, eles estavam furiosos: Tínhamos mantido todo o sigilo sobre este precioso achado. Dentro de um mês deste anúncio, milhares de arqueólogos bíblicos e estudiosos da Bíblia teriam reuniões anuais em Toronto. Então eu arranjei as coisas de maneira a expor o do ossário na ROM. Fizemos uma exibição especial para os estudiosos!
O público em geral também foi autorizado a vê-lo. Cem mil esperavam na fila para poder observar de perto. Para exportar o ossário de Israel para o Canadá, no entanto, precisávamos de autorização do IAA. Perguntei a Golan Oded, o dono do ossário, a pedir-lhe que permitisse ao IAA a exposição no Canadá. Fê-lo, informando o IAA do conteúdo da inscrição e realçando que o objeto tivesse um segurado de US $ 1 milhão. A autorização foi concedida. Se a Imprensa estava furiosa com o anúncio do ossário na nossa conferência de imprensa, eles ficaram chocados com o fato de que ela estava em exposição no Canadá e com a sua autorização. (Quando pedimos esta permissão para prolongar a exposição por algumas semanas por causa das multidões que queriam ver o ossário, o IAA, despertou para a importância da inscrição e, recusou. Permissão negada!) Foi, então, que o professor Meyers explicou: "estardalhaço" que é a verdadeira razão para a "dúvida" sobre a autenticidade da inscrição. E eu posso provar: Muito tempo depois de o IAA levar o caso a tribunal contra Oded Golan, que apreendeu um ossário de procedência desconhecida, que também tinha uma inscrição. A inscrição, como o ossário de Tiago, é em aramaico e vem do mesmo período que o ossário de Tiago. A inscrição diz: "Miriam, filha de Yeshua [o mesmo nome traduzido como" Jesus "no ossário de Tiago], filho de Caifás [talvez um membro da família do sumo sacerdote por este nome, presume-se que foi o mesmo que presidiu ao julgamento de Jesus] sacerdote, de Ma'aziah de Inri Beth '. "uma grande diferença entre este ossário e o ossário de Tiago é que o IAA tinha o controlo do Ossário, ao contrário do ossário de Tiago. Assim, o IAA solicitou que o ossário de Miriam fosse estudada pela Universidade de Tel Aviv, a esta tarefa se dedicou o especialista Yuval Goren, que deveria testemunhar sobre a falsidade da falsificação do Ossário de Tiago e outros artefatos. Depois de um único teste que envolve apenas a si mesmo, Goren relatou que ele tinha estabelecido a autenticidade da inscrição no ossário Miriam. Ele e o arqueólogo israelita Boaz Zissu escreveram um artigo sobre o Ossário de Miriam no Israel Exploration Journal (IEJ). A inscrição no ossuário de Miriam foi dado a conhecer ao público. O IAA nem sequer foi necessário consultar um paleógrafo para garantir que a inscrição era autêntica. O teste científico de Yuval Goren era o suficiente. (Ninguém perguntou por que razão ele não aplicou o mesmo teste para o ossário de Tiago.) Ninguém, nem o professor Meyers, nem qualquer outro estudioso levantou qualquer dúvida sobre a autenticidade da inscrição de Miriam. A diferença na maneira como o IAA (do mundo erudito) tratou esta inscrição em comparação com o tratamento da inscrição Ossário de Tiago é surpreendente. A diferença não está nas inscrições em si, mas na forma como elas foram analisadas (ou não viram) a atenção do público. Professor Meyers parece ter revelado involuntariamente, a verdadeira razão para duvidar da autenticidade da inscrição Tiago. O professor Meyers não tem a pretensão de ser um paleógrafo. E ele não especificou qualquer aspecto da inscrição que é questionável por razões paleográfica. Ele só tem uma dúvida generalizada sobre inscrições aparentemente importantes que são procedência desconhecida e são anunciados ao público com "estardalhaço". Ao contrário do Professor Meyers e o professor Christopher Rollston são paleógrafos relevantes. Eles contribuíram com duas peças para o blog ASOR após o juiz ter proferido o seu veredicto no julgamento de falsificação. Num post ele fala sobre falsificações anteriores. No outro, ele fala sobre as motivações dos falsificadores. Mas ele não diz uma única palavra sobre a inscrição do ossário de Tiago. Ele nem sequer lançou "dúvidas" sobre a autenticidade da inscrição no ossário de Tiago. Ele não gosta de procedência inscrições desconhecidas, na verdade, ele as odeia e isso é uma razão para desconfiar de todas elas.

 

22/06/2012

Megido Também conhecido como Armageddon

Tel el-Mutesellium, Tell el-Mutesellim, Tel Megiddo, Campus Legionis, Har Megiddo, Har-Megeddon, Harmagedon, Isar-Megiddo, Legio, Lejjun, Megidom

Escavações Megido
Habitada desde o período Calcolítico, Megido tem aproximadamente 26 níveis de ocupação. Arqueólogos-americanos do Instituto Oriental trabalharam a partir de 1925 com o ambicioso objetivo de escavar todos os níveis na sua totalidade. Eles fizeram isso através dos três primeiros níveis antes de concentrar o trabalho em determinadas áreas.



Megiddo Passagem
Desde os primeiros tempos (EB) para os primeiros registos históricos da área (Tutmés III) para o futuro (Apocalipse 16), Megido assume um papel de destaque. Esta é em grande parte devido à sua localização estratégica entre a passagem de Megiddo (Wadi Ara) ao interior do Vale de Jezreel ocupado. A estrada moderna segue paralela a uma antiga; a bem dizer é apenas fora do canto inferior direito.

Portão de Bronze Médio
Fortemente fortificada ao longo dos tempos, Megido ostentava uma pedra portão do tipo Sírio nos dias de habitação cananeia. Esta porta é mais tardia que o portão de eixo curvo (esticado para acomodar carros) e mais recente do que o famoso portão "salomónico", parte da construção do Rei Salomão descrito em 1 Reis 9:15.



Altar Bronze Inicial
Parte de um grande complexo religioso do terceiro milénio aC, este altar sacrificial é notável no seu tamanho (diâmetro 10m) e local (atrás do templo).Uma escadaria leva até ao altar, uma cerca rodeia o altar, e grandes concentrações de ossos de animais e cinzas foram encontradas nas imediações.



Idade do Ferro Sistemas de água
Precisando de um acesso seguro para o abastecimento de água, Megido utilizou diferentes sistemas de água ao longo da sua história. No c 9. BC, Acabe construiu um sistema enorme, com um eixo de 30 metros de profundidade e um túnel de 70 metros de comprimento. Isto continuou em uso até o final da Idade do Ferro.



Túnel da Primavera
Este túnel da Idade do Ferro cavado no subterraneo dá para perceber que funcionava durante o período da Primavera e Verão, quando os ataques eram mais frequentes. Antes da sua construção, os moradores de Megido tinham que deixar as muralhas da cidade, a fim de obter água e ficarem expostos a riscos de ataque ou de outra sorte. Este túnel foi escavado a partir de ambas as extremidades, ao mesmo tempo (como o Túnel de Ezequias) e os seus construtores mantinham contato só quando se encontravam no exterior, isto até alcançarem o centro, onde ambos os grupos de trabalho se encontraram e começaram o trabalho em conjunto.

14/06/2012

Antigos Sistemas de Esgotos Escavados em Persépolis

Bíblia e Arqueologia Notícias

Arqueólogos iranianos recentemente expuseram ao público mais de 60 metros de sistemas de esgoto da antiga Persépolis, a capital da antiga Pérsia sob a dinastia aqueménida. A investigação arqueológica dos sistemas de esgoto em Persépolis revelam que a drenagem se ramificava em vários canais que corriam para o sul antes de virar para o leste. A cidade de Persépolis palaciana tornou-se a capital da antiga Pérsia sob a dinastia aqueménida no século 6 aC, pouco depois do que a Bíblia Hebraica relata sobre Ciro, o Grande. Este foi um dos imperadores de Babilónia que deu inicio ao retorno dos judeus à sua terra natal. Os livros de Ester e Esdras mencionam o rei persa Assuero, que podem representar os persas do rei Cambises ou Artaxerxes I, ou de quem teria governado a partir desta capital persa. Entre outras descobertas impressionantes, o sitio arqueológico é particularmente conhecido pelos baixos-relevos; relevos foram recentemente descobertos quando os arqueólogos cavavam abaixo de 15 pés da superfície para expor os canais que formam os sistemas de esgoto antigos. A actividade arqueológica dos sistemas de esgotos na antiga Persépolis, a capital da Pérsia antiga, tem permitido aos estudiosos ter um novo entendimento da gestão urbana nos tempos antigos. Persépolis foi construída no século VI B.C.E. pelos governantes da dinastia aqueménida persa.

Inscrição em Hebraico Fornece a mais Antiga Evidência Arqueológica de Judeus em Portugal

Uma descoberta recente em uma vila romana perto de Silves, Portugal destaca-se como a mais antiga evidência de judeus na Península Ibérica. Foto: Dennis Graen, Friedrich Schiller University Jena. A recente descoberta de uma placa de mármore tendo o hebraico inscrição "Yehiel" em Portugal serve como a mais antiga evidência arqueológica de judeus na Península Ibérica.

Datado de algum tempo antes de 390 dC, a placa de mármore de dois metros de largura parece ser uma laje de sepultura. Descoberta numa escavação da era romana perto da cidade de Silves, Portugal por arqueólogos alemães da Universidade Friedrich Schiller, a descoberta torna-se a mais prova da presença dos judeus na Península Ibérica por quase um século. A laje foi encontrada numa camada de entulho de pedras. A prova de carbono data este achado de 390 d.C. As escavações dirigidas pelo diretor Dr. Dennis Graen, ele refere que o que se encontra na laje deve ter sido escrito antes da sua utilização: "A história dos judeus na Península Ibérica é conhecida a partir de textos que documentam interações entre as populações relativamente grandes de judeus e cristãos em torno de 300 dC, mas, até agora, não havia evidências arqueológicas da população inicial. Na época, os judeus na Península Ibérica (e em todo o Império Romano) escreviam em alfabeto latino, fazendo a inscrição no hebraico bíblico tendo o nome "Yehiel" (e outras ainda por ser texto traduzido) torna-o um achado original. É em primeira instância de uma inscrição em hebraico encontrada numa vila romana nesta região.
A inscrição em hebraico com o nome "Yehiel" é a mais antiga evidência arqueológica de judeus na Península Ibérica. Pensada para ser uma laje de sepultura, a descoberta acrescenta visibilidade ao início da história dos judeus em Portugal. Foto: Dennis Graen, Friedrich Schiller University de Jena.

Antes da descoberta, a mais antiga evidência arqueológica de judeus na Península Ibérica era do final do século 5 dC, esta laje túmular com uma inscrição em latim e uma imagem de uma menorá, é a mais antiga inscrição em hebraico conhecido a aparecer. A descoberta por arqueólogos da Universidade de Jena oferece um fascinante perspetiva para uma circunstância única de populações judaicas e romanas que vivem juntos neste período, e fornece o contexto arqueológico para a história dos judeus em Portugal. O sítio ainda está em análise, e o mundo da arqueologia bíblica ansiosamente antecipa um estudo mais aprofundado da inscrição em hebraico e uma investigação mais profunda da população no início dos judeus na Península Ibérica.
Fonte

12/06/2012

A Cidade de Tiro: Arqueologia e a Profecia

A cidade de Cartago.
“Assim diz o Senhor Deus: eu estou contra ti, ó Tiro, e farei subir contra ti muitas nações, como se o mar fizesse subir as suas ondas. Elas destruirão os seus muros, derrubarão as suas torres; eu varrerei o seu pó, e dela farei uma penha descalvada. No meio do mar virá a ser um enxugadouro de redes” (Ezequiel 26:3-5).

A profecia diz que subiriam muitas nações contra a cidade de Tiro. E a primeira nação a subir foi a Assíria, que ficava ao norte e tinha a sua capital em Nínive. Durante dois séculos os assírios subjugaram Tiro. Também foi atacada pelos babilónios que destruíram muitas cidades que estavam na costa do mar. Aos poucos, Tiro começou a enfraquecer. Nabucodonosor esteve envolvido em ataques contra o rei de Tiro durante 13 anos, mas durante todo este tempo não conseguiu capturar a cidade insular. Finalmente chegou a um acordo e Tiro aceitou submeter-se ao rei de Babilónia. Mas não seria com Babilónia a destruição de Tiro. Ainda teria que esperar alguns séculos para que a profecia fosse cumprida.

Tiro
Depois de Babilónia vieram os Persas. Em Esdras 3:7, menciona a ordem do rei da Pérsia, Ciro II, para que os habitantes de Tiro suprissem de madeira de cedro a reconstrução do templo em Jerusalém. Foi só em 332 AC que Alexandre e o seu exército vitorioso apareceram para confrontar Tiro. Mais uma vez a cidade orgulhosa e arrogante, confiando na sua posição quase inexpugnáveis, fechou os seus portões, contra o que parecia um pequeno exército. O cerco que se seguiu tornou-se um dos maiores feitos militares da história. Alexandre construiu um molhe para cruzar o pequeno estreito que separava a cidade do continente. Até hoje este molhe liga o continente à ilha onde estava situada a cidade de Tiro (tornando Tiro numa província). Foi através deste grande feito que Alexandre conseguiu lançar o ataque final, mediante o qual conquistou a cidade de Tiro. Assim a profecia de Ezequiel foi cumprida plenamente.
O cerco a Tiro
A grande e arrogante Tiro finalmente tornou-se um lugar para os pescadores secarem as suas redes. Hoje, nós encontramos apenas as marcas de uma civilização antiga, mas que no tempo do profeta Ezequiel estava com todo o poder e tinha orgulho de ser invencível. Junto às ruínas de Tiro, há uma pequena colónia de aproximadamente 14 mil pessoas, e as velhas ruínas são usadas pelos pescadores para secarem as redes.

Alexandre, o Grande construiu uma calçada durante o cerco à cidade, e a ilha tornou-se uma península, como dissemos acima. As escavações foram realizadas em dois locais em Tiro: al-Mina do sítio (ou site City) na parte sul da ilha anterior, e al-Bass local onde o istmo une o continente.
História Bíblica
Colunas no templo do deus Apolo.
O rei David contraiu com Hiram, o rei de Tiro, para o fornecimento de cedro do Líbano para o palácio de Davi e para o templo de Jerusalém (2 Samuel 5:11; 1 Rs 5:1). Ao segundo templo foi construído, Josué e Zorobabel também importado toras de cedro de Tiro e de Sidon (Esdras 3:7). Tiro foi objeto de longas oráculos de Isaías e Ezequiel profetas (Is 23, Ez 26-28), e foi um dos oito países condenados nos oráculos de abertura do profeta Amós (Amós 1:9-10).
O hipódromo ou circo romano, foi construído no século 2 dC, tinha 1.575 pés (480 m) de comprimento e 525 pés (160 m) de largura, tornando-o o segundo maior hipódromo, a seguir ao Circus Maximus, em Roma. Antes de escavação, o hipódromo estava soterrado a 6 m abaixo da superfície. A sua capacidade está estimada a 20.000 espectadores.




O Arco Monumental remonta ao século 2 dC e tem 65 pés (20 m) de altura. Sob o qual passa a principal estrada romana que conduz à cidade. A estrada era ladeada por uma linha de colunas, calçadas para pedestres, e um aqueduto com água transportada de Ras el-Ain no continente.

07/06/2012

As Três Viagens Missionárias de Paulo

Primeira viagem missionária de Paulo
A primeira viagem missionária de Paulo (46-48 dC) foi a mais curta, no tempo e distância, mas foi, no entanto, um avanço muito significativo na história da nova igreja cristã. Estabeleceu Paulo como líder na divulgação da Palavra de Deus. Ele passou a escrever uma grande parte do Novo Testamento que temos hoje. A jornada começou de Seleucia, o porto de Antioquia (Atos 13:1-4). (Note-se que havia 2 cidades com o nome de Antioquia - Antioquia da Síria, o seu ponto de partida, e uma na Turquia). Paulo (então ainda chamado de Saulo), Barnabé e Marcos navegaram para Chipre, cerca de 80 milhas (130 quilómetros) ao sul-oeste. Neste momento, Barnabé era ainda o membro sénior sobre Paul, que era um amigo íntimo depois da sua conversão a caminho de Damasco. Isto mudaria em breve. Após o desembarque em Salamina, e proclamar a Palavra de Deus nas sinagogas (Atos 13:5), eles viajaram ao longo de toda a costa sul da ilha de Chipre, até que chegaram a Pafos (Atos 13:6). Lá, Sérgio Paulo, o procônsul romano, foi convertido depois que Paulo repreendeu o malvado feiticeiro Elimas (At 13:6-12). Foi por esta altura que Paul se tornou efectivamente o líder. Foi a partir de então chamado Paul, em vez do seu antigo nome, Saulo.
A Segunda Viagem Missionária de Paulo
"Algum tempo depois, Paulo disse a Barnabé:" Vamos visitar de novo os irmãos em todas as cidades onde pregamos a Palavra do Senhor e ver como vão." (Atos 15:36) A segunda jornada começou em circunstâncias muito infelizes: "Barnabé queria levar João, também chamado Marcos, com eles, mas Paulo não achava prudente levá-lo, porque ele os havia abandonado na Panfília e não continuou com eles na palavra. Eles tiveram um tal diferendo que eles se separaram. Barnabé, levando consigo Marcos, navegou para Chipre, mas Paulo escolheu Silas e partiu. " (Atos 15:37-40) O motivo da discussão foi que, durante a Primeira viagem missionária de Paulo, uma marca negativa deixada pelo jovem João Marcos abandonou-os no inicio da viagem e voltou para casa. Apesar de Paulo e Barnabé aparentemente nunca viajarem juntos de novo, não havia nenhuma animosidade duradoura entre eles - Paulo mais tarde falou muito bem de Barnabé. Paulo também o fez de Marcos, que mais tarde foi com ele durante a prisão de Paulo em Roma (Colossenses 4:10, 2 Timóteo 4:11). A Segunda viagem missionária de Paulo começou por volta do ano 49 dC, e como a primeira viagem, não era uma "excursão de 10 dias." Ele só voltaria cerca de 3 anos mais tarde, ou seja, por volta do ano 52 dC. A jornada anterior começou navegando para Chipre, mas desta vez, ele partiu por terra através da Síria e Cilícia, a revisitar as igrejas que haviam anteriormente sido estabelecidas na Ásia, incluindo aquelas em Derbe, Listra e, de onde levou com ele a Timóteo (Atos 16:01 -5). De lá, eles continuaram em direção ao norte através da Frígia e Galácia (Atos 16:6). Paulo permaneceu na Galácia durante algum tempo devido a uma doença não especificada (Gálatas 4:13-14). De Galácia, Paulo tinha a intenção de viajar para nordeste através de Bitínia, uma região na costa do Mar Negro, no entanto "eles tentaram entrar na Bitínia, mas o Espírito de Jesus não lhes permitiria. Então, eles passaram pela Mísia e desceram para Troade. " (Atos 16:7-8). Troade fica na costa do Mar Egeu.
O próprio Jesus Cristo estava dirigindo Paulo para o oeste da Ásia, onde Paulo tinha a intenção de permanecer, para chegar até à Grécia. Paulo levou o Evangelho por toda a Europa.

Artemis


A Terceira viagem missionária de Paulo
"Depois de passar algum tempo em Antioquia, Paulo partiu de lá e viajou de lugar para lugar em toda a região da Galácia e da Frígia, fortalecendo todos os discípulos." (Atos 18:23) E assim, Paul começou a terceira das suas viagens missionárias. Veja também Primeira viagem missionária de Paulo, Segunda viagem missionária de Paulo, e Paulo em Atenas e na estrada de Damasco. A primeira etapa da viagem foi por terra na Ásia Menor, passando pelas cidades das regiões da Galácia e Frígia, incluindo Tarso e Icónio. Ele finalmente chegou a Éfeso, onde permaneceu por quase três anos (At 19:1-41). O apóstolo João, mais tarde, incluem Éfeso como uma das sete cidades na profecia das Sete Igrejas da Ásia - Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodicéia. (Apocalipse capítulos 2 e 3). Paulo fez um excelente trabalho em Éfeso; pregar e ensinar o evangelho de Jesus Cristo. Deus permitiu que muitos milagres fossem feitos por ele, inclusive a cura de doentes e a expulsão de demónios (Atos 19:11-12). Paulo no poder de Deus enfrentou práticas exorcistas e malignas, alguns deste se arrependiam e grande era o testemunho do poder de Deus (Atos 19:17-20). Como era tão frequentemente o caso, Paulo finalmente encontrou-se em grave perigo de adoradores de ídolos, que neste caso do deus pagão Artemis (ver imagem) (também conhecido como "Diana dos efésios"), e aqueles que estavam em o negócio de fornecimento de eles (Atos 19.24-27). Ele expôs a sua fraude, e em troca eles quase o mataram (Atos 19:28-41). Paulo, então, partiu para a Macedónia, e depois de viajar pela região, chegou à Grécia, onde permaneceu por três meses (Atos 20:1-3). Muito pouco antes de sua partida de Éfeso, Paulo escreveu a sua primeira epístola aos Coríntios (ver By The Book). Enquanto navegava para a Síria, Paulo descobriu outra trama contra ele, então ele em vez voltar pela Macedónia (Atos 20:3). Ao chegar Filipos, e depois de observar a Festa dos Pães Ázimos lá, atravessaram a Trôade (Atos 20:6). De Trôade, Paulo fez o seu caminho através de Assos, Mitilene, Quios, Samos e Mileto (Atos 20:13-16). Foi em Mileto que os anciãos da igreja de Éfeso vieram ao encontro dele pela última vez (Atos 20:17-38). Paulo, então, fez o estágio final da viagem, por meio de Cos, Rhodes, Patara, Chipre, e depois para a Síria, onde ele desembarcou em Tiro. De lá, ele fez o seu caminho através de Ptolemaida, Cesareia e, finalmente, a Jerusalém.

04/06/2012

Cidade de Paulo de Tarso

Escavações da época em que Paulo viveu foram realizadas na cidade que hoje tem o nome de Cumhuriyet Alani. Destas escavações apareceu uma rua da cidade de Tarso, rua pavimentada, juntamente com um pódio com colunas, que podem datar do século 2 a.C. Além disso, os restos foram encontrados a partir da Idade do Bronze, banhos, um pórtico helenístico, um teatro romano, e estatuetas de terracota de muitas divindades, animais, pessoas e diversas criaturas mitológicas.

História

Durante este tempo de Pompeu (67 a.C), Tarso foi a capital da província romana da Cilícia, e os judeus começaram a receber a cidadania romana. César António, que controlava as províncias orientais, declarou a cidade livre em 42 aC. Tarso continuou a receber privilégios especiais sob Augusto, que isenta a cidade de tributação imperial porque Athenodorus, seu professor e amigo, era um Tarsiano. Tarso transformou-se num centro cultural e intelectual. Filósofos estóicos, como Athenodorus, Zeno, Antípatro, e Nestor viveram nesta cidade no primeiro século dC.       

Portão de Cleópatra
Também chamado "Portão do Mar", ainda hoje, embora tenha sido significativamente restaurado. Acreditava-se que Cleópatra tinha navegado disfarçada de Afrodite e entrou por este portão, em 41 a.C., com o propósito de se encontrar com Marco António.





Templo Romano.

Longlois, um viajante durante a Idade Média, identificou esta estrutura como o túmulo de Sardanapalo, um assírio que foi morto durante o cerco de Nínive 612 a.C. Localizado em Tekke, a leste do muro medieval em Tarso, este é realmente um templo romano datado do século II d.C.




O Poço de São Paulo
Tarso era a cidade natal do apóstolo Paulo (Atos 9:11), uma cidade de grande importância (21:39) como centro de aprendizagem do mundo antigo, ao lado de Alexandria e Atenas. Aos cidadãos judeus de Tarso foi concedida a cidadania romana. Paul foi criado em Jerusalém e devidamente educados sob a tutela de Gamaliel, um membro do Sinédrio. Todos os filhos de Judeus aprendiam uma profissão, além dos estudos. Paulo aprendeu a fazer tendas, e isto encaixa bem com Tarso, uma cidade bem conhecida por fazer um certo tipo de pano a partir da lã de cabras peludas negras. A lenda diz que São Paulo frequentemente bebeu da água deste poço, que diziam ter propriedades curativas especiais.