Na
primavera de 1947, 2 pastores beduínos guardavam os seus rebanhos de ovelhas e
cabras. Deram-se conta que algumas cabras estavam separadas do rebanho e
iniciaram os trabalhos para as recuperar junto às falésias do Mar Morto.
Quando
um deles lançou uma pedra para obrigar a cabra a descer da encosta, perceberam
que a pedra tinha caído dentro de um buraco e partido/quebrado cacos ou telhas,
esta foi a primeira impressão que tiveram. Subiram para verificar e descobriram
então uma grade cova, arrojados entraram e encontraram seguramente o maior tesouro
da História: os manuscristos do Mar Morto, também conhecidos como sendo os
manuscritos do Qunram ou o Lugar dos essénios.
As
primeiras descobertas chamaram a atenção de estudiosos em 1948, quando sete dos
pergaminhos foram vendidos pelos beduínos a um negociante de antiguidades e
sapateiro chamado Kando. Ele, por sua vez vendeu três dos pergaminhos a Eleazar
L. Sukenik, da Universidade Hebraica, e quatro a Atanásio Yeshue Samuel do
mosteiro sírio-ortodoxa de São Marcos. Atanásio, por sua vez trouxe um dos seus
manuscritos para a Escola Americana de Pesquisa Oriental, onde de i
mediato chamou a atenção de estudiosos americanos e europeus.
mediato chamou a atenção de estudiosos americanos e europeus.
Foi
só em 1949 que o local do achado foi identificado como a caverna agora
conhecido como Caverna nº1. Foi essa identificação que levou a mais explorações
e escavações da área de Khirbet Qumran. Outras pesquisas da Gruta 1 revelaram
achados arqueológicos de pano, cerâmica e madeira, bem como uma série de
fragmentos de manuscritos adicionais. Foram essas descobertas que provaram ser
decisiva a importância dos rolos no contexto da antiguidade dos escritos
bíblicos.
Entre
1949 a 1956, os beduínos iniciaram um corrida desenfreada para encontrar
manuscritos e outras antiguidades para vender a quem mais desse, e deste modo
foi definitivamente chamada a atenção dos arqueólogos e das descobertas de mais
algumas cavernas cerca de 10, nas colinas do Qumran, cavernas que renderam
vários pergaminhos mais, assim como milhares de fragmentos de pergaminhos: os
restos de cerca de 800 manuscritos datando de cerca de 200 aC a 68 C. E
Os
manuscritos das cavernas de Qumran incluem os primeiros exemplares de livros
bíblicos em hebraico e aramaico, hinos, orações, escritos judaicos conhecidos
como pseudo-epígrafes (porque eles são atribuídos a antigos personagens
bíblicos, como Enoque ou patriarcas), e textos que parecem representar crenças
de um determinado grupo judaico que pode ter vivido no local de Qumran. A
maioria dos estudiosos acredita que a comunidade de Qumran era muito semelhante
à dos essénios, um dos quatro judeus eruditos chamado Josefo chama-lhes os "filosofias".
Importa dizer que Flavio Josefo é um historiador do primeiro século, muito
certamente contemporâneo de Jesus.
Ao
que tudo indica este grupo é muito parecido com os saduceus, fariseus e zelotes.
Eles são descritos por Josefo, um historiador do primeiro século dC judaica.
Alguns apontam este grupo com
semelhanças a outros grupos judeus mencionados
por Josefo: os saduceus, fariseus e zelotes.
Nós
não sabemos exatamente quem escreveu os pergaminhos sectários, mas podemos
dizer que os autores parecia estarem ligados ao sacerdócio, foram conduzidos
por sacerdotes, desaprovavam o sacerdócio de Jerusalém, encorajaram uma forma
rigorosa e piedoso de vida, e esperava um iminente confronto entre as forças do
bem e do mal.
A
biblioteca de Qumran tem provado ser extremamente importante no que diz
respeito a informações. A partir desses textos que têm aumentado a compreensão
da transmissão da Bíblia, aprendemos mais sobre o desenvolvimento do judaísmo,
e nós ganhamos outra visão sobre a cultura de onde surgiu tanto o judaísmo
rabínico e o cristianismo.
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