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A inscrição que aponta para a existência de Nabucodonosor
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Você que acompanha esta coluna e tem interesse no diálogo
entre a história e a Bíblia, certamente vai gostar de visitar o Museu de
Arqueologia Bíblica Paulo Bork, localizado no interior paulista, no campus do
Unasp em Engenheiro Coelho.
Entre os diversos itens da exposição, chama a atenção um
tijolo que veio direto do Iraque para o Brasil, meio que por coincidência, mas
que contém uma inscrição significativa. Nele está escrito: “[eu sou]
Nabucodonosor, rei de Babilónia. Provedor [do templo] de Ezagil e Ezida; filho primogénito
de Nabopolassar”. Essa inscrição, embora simples, é mais uma das evidências que
apontam para a confiabilidade da Bíblia.
No livro de Daniel (1:1, 2), Nabucodonosor foi o rei
responsável pela destruição de Jerusalém, do templo de Jeová e por escravizar
enorme número de judeus, levando-os para a cidade de Babilônia. Segundo o livro
também, por meio de alguns desses exilados, Nabucodonosor acabou conhecendo o
Deus de Israel e O reconheceu como o Altíssimo, Aquele que é maior que todos os
outros.
Devido a essa improvável conversão de um rei pagão e pelas
predições precisas descritas no livro de Daniel, até o século 19, os críticos
não podiam conceber que fosse verdadeira qualquer história desse trecho da
Bíblia. Por causa disso, até a existência de Nabucodonosor era questionada
pelos céticos.
Mas, após a descoberta de Babilónia, em 1806, pelo
arqueólogo Claudius James Rich, as coisas começaram a mudar. A partir dessa
época, muitos avanços também foram feitos para decifrar a língua dos babilónios.
Próximo à virada do século, em 1899, enquanto Robert Koldewey escavava as
ruínas de Babilónia, centenas de outros tijolos como o mencionado foram
encontradas contendo o nome de Nabucodonosor.
Além disso, em 1956 foi publicado o conteúdo de um grupo de
tabletes que demorou décadas para ser traduzido: as Crónicas Babilónicas. Nesse
documento, entre outras informações está um relato da destruição de Jerusalém
que confirma a descrição bíblica sobre o mesmo evento.
E para ajudar a completar esse quebra-cabeça, em escavações
na área da Cidade de Davi, em Jerusalém, foram encontrados resquícios de enorme
destruição. Em um dos níveis da antiga construção, foram achadas flechas babilónicas
misturadas com pontas de flechas locais, além de inscrições que mencionam os
nomes de Baruque, filho de Nerias (Jr 32:12) e de Gemarias, filho de Safã (Jr
36:10), pessoas que, provavelmente, tivessem testemunhado a invasão babilónica
e a destruição de Jerusalém.
A conclusão que podemos tirar à vista dessas coisas é de que
aqueles que desejam encontrar razões para descrer, sempre encontrarão motivo no
silêncio da arqueologia, assim como muitos não acreditavam na existência de
Nabucodonosor, até que as “pedras clamaram”. Mas, o desenrolar da história e o
desenvolvimento das pesquisas têm trazido à tona evidências que confirmam a
veracidade da Bíblia. Evidências de que os autores bíblicos foram conduzidos
por Alguém que conhece o futuro e intervém na história.
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