Os primeiros impérios semitas da Mesopotâmia foram os da dinastia de Akkad, seguidor da primeira dinastia babilónica. Embora algumas cidades sumérias controlassem vastas regiões, nunca tingiram a superfície desses impérios. Sargão o Grande, que viveu por volta de 2300 a.C., foi o fundador do primeiro império que se estendeu do Golfo Pérsico até ao Mediterrâneo. O relata do seu nascimento é muito semelhante ao do nascimento de Moisés. Ele é apresentado numa “arca” e depositado no rio. Um pescador encontra-o, adopta-o e cria-o como seu próprio filho.
Os amorreus.

Amurabi e as suas leis.
Depois de se tornar rei de Babilónia, Haburabi explorou ao máximo a força dos seus exércitos. Ao transmitir informações políticas contraditórias por intermédio dos seus embaixadores, conseguiu confundir os outros monarcas e acabou por conquistar toda a Mesopotâmia. É durante o período de paz que se seguiu a estes acontecimentos que Hamurabi promulgou as suas célebres leis. Na antiguidade, o seu código foi o documento legal mais vastamente reconhecido. Foram encontradas (Seria um monumento monolítico talhado em rocha de diorito, sobre o qual se dispõem 46 colunas de escrita cuneiforme acádica, com 282 leis em 3.600 linhas. A numeração vai até 282, mas a cláusula 13 foi excluída por superstições da época. A peça tem 2,5 m de altura, 1,60 metro de circunferência na parte superior e 1,90 na base.) cópias destas leis em vários locais, desde Nínive na Assíria até Susa em Elam. Um grande número dessas leis é relativamente semelhante às leis mosaicas da Bíblia. Mas nenhuma é idêntica ao Decálogo. As leis de Moisés e de Hamurabi taram de casos concretos. Trata-se menos de leis do que de directivas para os juízes. Se alguém cometesse um delito, deveria receber uma punição adequada. Este tipo de leis dá mais relevância à aplicação de punições justas do que à prevenção do mal. No entanto, é evidente que, para evitar as punições, era melhor não cometer o delito. Os dez Mandamentos da Bíblia são particulares e únicos. Denominamo-los “leis apodícticas”, porque apresentam interdições e avisos claros. As analogias entre certas leis e mitos babilónicos por um lado, e as prescrições mosaicas e outros elementos bíblicos por outro, levaram a conclusões surpreendentes no final do século XIX. Assim, supunha-se que a Bíblia era uma adaptação das leis e das histórias babilónicas. Não há qualquer prova que suporte esta teoria. Seria mais lógico acreditar que ambas provêm de uma fonte comum: a revelação divina à humanidade. Enquanto os patriarcas conservaram as mensagens de Deus na sua forma original, a tradição babilónica deformou-as e adaptou-as às suas próprias necessidades. Seja como for, as semelhanças entre as leis de Moisés e as de Hamurabi ajudam-nos a situar melhor os livros de Moisés no seu contexto histórico. As leis de Moisés enquadram-se perfeitamente no período e no meio cultural mencionado pela Bíblia.


A primeira dinastia babilónica subsistiu cerca de duzentos anos. Durante esses dois séculos, Babilónia tornou-se o maior centro de civilização na Mesopotâmia. A sua fama foi tal que conseguiu manter a sua reputação de centro da ciência e da cultura durante quase dois mil anos, mesmo quando outras cidades ou outros impérios controlaram a região. Por isso, não é de admirar que Babilónia se tenha tornado um símbolo importante na Bíblia. Babilónia pode não ter sido a cidade mais poderosa de todos os tempos, mas do ponto de vista cultural, foi, certamente, a mais célebre do mundo antigo.
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