Foi Abraão o primeiro a ligar o atual povo judeu à cidade de
Jerusalém, porque foi no Monte Moriá, na atual Jerusalém, que Deus (Jehová)
provou a fé de Abraão ao pedir-lhe que sacrificasse o seu amado filho Isaque.
Quando Abraão ia sacrificar seu filho, Deus o impediu, pois era apenas uma
prova para testar o coração de Abraão. Por causa disso, Deus abençoou Abraão e
seus descendentes. Esse é um dos motivos que faz de Jerusalém um lugar especial
e sagrado aos judeus.
Conforme a Bíblia ou a Torá, no século X a.C., as terras
onde é atualmente Jerusalém eram do povo jebuseu. O rei David comprou-as e fez
delas a capital do povo israelita. David quis construir um templo para adoração
de Deus (Jehová) no local, mas Deus negou-lhe esse desejo porque David tinha
derramado muito sangue nas guerras contra os inimigos do povo hebreu. No
entanto, isso foi permitido a seu filho Salomão, cuja raiz do nome significa
“paz”.
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(Templo de Salomão reconstituído por computador (Internet)
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Templo de Salomão
reconstituído por computador.
O Rei Salomão começou a construir o templo no quarto ano de
seu reinado seguindo o plano arquitectónico original de David, seu pai. A obra
durou sete anos e ficou conhecida como o Templo de Salomão. O reinado de
Salomão foi um período de prosperidade e paz, e que só foi possível depois das
guerras vencidas anteriormente por David, seu pai.
Em 626 a.C., (Jer.25:11) séculos depois, Nabucodonosor II,
rei da Babilónia, conquistou e destruiu totalmente Jerusalém levando os seus
tesouros e fazendo dos hebreus seus escravos. Esse período é chamado de
Cativeiro na Babilónia.
Décadas mais tarde, em 457 a.C., (Jer. 29:10) com a
conquista da Babilónia pelos Persas, os judeus foram autorizados, pelo rei
persa Artaxerxes, a regressar à terra de Judá, em particular a Jerusalém, para
reconstruirem o Templo de Salomão.
À época de Jesus, Herodes I (73 a.C.-4 d.C.), rei de Israel
subordinado ao Império Romano, querendo conquistar a simpatia dos judeus,
iniciou a reconstrução e ampliação do templo. O Templo ficou conhecido como
Templo de Herodes. Nessa época o povo judeu estava sob o domínio dos romanos e,
devido a uma revolta do povo judeu, no ano 70, o general romano Tito invadiu
Israel e, numa demonstração de força, destruiu totalmente o Templo, exceto boa
parte de seus muros externos, para que os judeus, ao olharem para o que restou
do Templo, lamentassem a amarga vitória dos romanos sobre eles. É dai que advém
o nome Muros das Lamentações. Porém, os judeus atribuem a permanência do muro a
uma promessa feita por Deus, segundo a qual, sempre ficará de pé ao menos uma
parte do templo sagrado como símbolo da sua aliança perpétua com o povo judeu.
Das três secções do muro que restaram depois da destruição –
a do leste, do sul e do oeste – é a do oeste, a ocidental, onde está situado o
Muro das Lamentações, daí ser também chamado de Muro Ocidental.
Na atual Esplanada das Mesquitas, lugar onde ficava o Templo
de Salomão, há a Mesquitas de Al-Aqsa (cúpula dourada) e a Mesquita do Domo do
Rochedo.
Depois de uma longa história de guerras e conflitos, no
local onde existia o Templo de Salomão é atualmente o Monte do Templo ou a
Esplanada das Mesquitas, onde os muçulmanos construíram as Mesquitas de Al-Aqsa
e a Mesquita do Domo do Rochedo. De acordo com a crença dos muçulmanos, foi na
Esplanada das Mesquitas onde ocorreu a ascensão do Profeta Maomé aos céus de
Alá e isso faz desse lugar o terceiro mais sagrado aos muçulmanos, depois de
Meca e Medina. O Muro das Lamentações é o segundo lugar mais sagrado do
judaísmo, atrás somente do Santo dos Santos no Monte do Templo.
Portanto, o lugar onde havia o Templo de Salomão é sagrado
tanto aos judeus como aos muçulmanos. É uma área bastante sensível em termos
políticos e religiosos, especialmente porque os judeus têm restrições quanto a
circular na Esplanada das Mesquitas, que está sob jurisdição islâmica.
As tradições judaicas
praticadas no Muro das Lamentações:
A tradição de colocar nas fendas do Muro um papel dobrado
com pedidos escritos endereçados a Deus Jehová já existe há séculos. É um lugar
para se depositar esperanças. O Muro também é um local de orações. É possível
encontrar pessoas orando dia e noite à frente do Muro das Lamentações.
Celebração de um Bar
Mitzvá no Muro das Lamentações em Jerusalém.
Nas segundas, quintas e sábados, famílias de todo mundo e de
Israel enchem o local para a realização da cerimónia que insere o jovem judeu
como membro maduro na comunidade judaica. Quando um judeu atinge a sua
maturidade (aos 12 anos e um dia para moças, e aos 13 anos e um dia para
rapazes), ele se torna responsável pelos seus atos, de acordo com a lei
judaica. Nessa altura, diz-se que o menino passa a ser Bar Mitzvá (filho do
mandamento) e a menina a ser Bat Mitzvá (filha do mandamento). Essa cerimónia é
chamada de B’nai Mitzvá (filhos do mandamento).
Mulheres oram diante do Muro na parte a elas reservada.
O Muro é funcionalmente dividido em duas secções: uma para
os homens e outra para as mulheres. Na hora de ir embora, não se deve dar as
costas para o Muro, por questão de respeito. Não estranhe se encontrar pessoas
andando de costas ao afastarem-se do muro!
Para se visitar o Muro, há necessidade de se passar por
detectores de metais ou mesmo revistas. Por questão também de respeito, as
mulheres devem levar um lenço para cobrir os ombros, caso estejam vestindo
blusas regatas ou de alças. Também devem vestir vestidos/bermudas de
comprimento abaixo dos joelhos. Os homens devem levar um boné ou chapéu para
cobrir a cabeça. Eles são bem rigorosos quanto a essas coisas.
O Muro das Lamentações e todo o seu entorno, por sua
história e importância cultural, é um dos lugares do mundo que merece ser
conhecido.
Templo de Salomão reconstrução
por computador
Veja também as novas páginas do Muro das Lamentações em 1800
ea transformação do Muro das Lamentações ao Muro Ocidental na década de 1960 .
Monte do Templo e
Muro das Lamentações aérea do sudoeste
O Muro das Lamentações é o lugar santo mais acessível ao
povo judeu por causa do controlo muçulmano do Monte do Templo. Conhecido nos
últimos séculos como o
"Muro das Lamentações ", este foi construído por
Herodes, o Grande como o muro de contenção do complexo do Monte do Templo. A
praça foi criada como um espaço de oração, quando Israel conquistou a Cidade
Velha, em 1967. Às vezes, dezenas de milhares de pessoas se reúnem aqui para a
oração.
Portão de Barclay
O lintel maciço deste portão é preservado para a direita do
mato e acima dos pequenos fillstones atrás da escada. Uma vez erroneamente
identificado como “Portão de Kipunus (mencionado na Mishná), hoje ele é
conhecido pelo nome do explorador do século 19 que o descobriu. A passagem em
forma de L original, dentro do portão ainda está preservada, mas não está
acessível.
Homens em oração na
parede ocidental
O lugar mais sagrado do mundo acessível para o povo judeu,
as orações são oferecidas diante deste muro construído pelo rei Herodes no
século I aC.
Três vezes por dia o povo judeu rezar (manhã, tarde e noite)
os homens fazem estas preces com filactérios amarradas em torno da sua testa e
no pulso e com os xailes de oração brancos e azuis.
Arco de Wilson
Área de oração dos homens continua a partir da seção ao ar
livre através de uma passagem para o norte. Dentro desta área é um arco enorme
originalmente construído por Herodes, e agora conhecido depois de um explorador
britânico na década de 1860 .
Apesar de apenas 25 metros de altura agora, o arco
originalmente tinha 75 metros de altura quando o Vale Central foi muito mais
profundo.
A maior pedra no Muro
das Lamentações
Um grande curso de pedras é visível nas paredes a sul e
oeste hoje. No oeste o " Curso Master " é composto por quatro pedras,
a maior das quais pesa 570 toneladas e tem 44 metros de comprimento, 10 metros
de altura e 12-16 metros de profundidade. A segunda maior pedra na parede tem
40 metros de comprimento. A maior pedra na Grande Pirâmide pesa 11 toneladas.
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