A Universidade Hebraica de Jerusalém divulgou a descoberta de um pequeno pedaço de argila de aproximadamente 3,4 mil anos. Segundo a instituição, o objecto foi descoberto nas muralhas da cidade antiga e é o documento escrito mais antigo da história de Jerusalém.
Os cientistas acreditam que o fragmento fazia parte de uma tabuleta que, por sua vez, pertencia aos arquivos reais da época da Idade do Bronze, muito antes de a cidade ser conquistada por David.
O fragmento é muito pequeno, com 2 cm por 2,8 cm, e contém símbolos cuneiformes do idioma acádio. Os cientistas afirmam que os significados das palavras não têm grande importância (os pesquisadores traduziram palavras como “você”, “onde”, “tarde” e outras), ao contrário da sua forma, de grande nível, o que indica ter sido escrita por um escriba muito hábil o que, por sua vez, indica que documento pertenceu à realeza da época. Contribui para essa hipótese um exame que indica que a argila da tabuleta é da região de Jerusalém, e não de outro reino da época.
Ainda de acordo com a universidade, o fragmento é cerca de 600 anos mais velho que o documento que até então era considerado o mais antigo. O pedaço de argila indica ainda, segundo os cientistas, que Jerusalém era uma cidade importante durante a época, o que vai contra o que se acreditava até agora, de que esse centro urbano só foi ganhar importância anos mais tarde.
Israelitas descobrem tesouro da época do Império Romano
A maior colecção de moedas raras já encontrada em uma escavação científica do período da revolta judaica de Bar-Kokhba contra os romanos foi descoberta em uma caverna por pesquisadores da Universidade Hebraica de Jerusalém e da Universidade Bar-Ilan.
As moedas foram encontradas em três lotes, em uma caverna localizada na reserva natural das montanhas da Judeia. O tesouro inclui moedas de ouro, prata e bronze, assim como armas e cerâmica.
A descoberta foi feita durante a pesquisa e mapeamento da caverna realizada por Boaz Langford e Amos Frumkin, da unidade de pesquisa de cavernas do departamento de geografia da Universidade Hebraica, juntamente com Boaz Zissu e Hanan Eshel da Universidade Bar-Ilan.
As cerca de 120 moedas foram descobertas dentro de uma caverna que tem uma “ala escondida”. A abertura dessa ala levou a uma pequena câmara que, por sua vez, se abre para uma sala que servia de esconderijo para os combatentes judeus de Bar-Kochba.
A maior parte das moedas descobertas está em excelentes condições. Elas eram prensadas por cima das moedas romanas pelos rebeldes. As novas marcas mostram imagens judaicas e palavras (por exemplo, a fachada do Templo de Jerusalém e o slogan “para a liberdade de Jerusalém”).
Outras moedas encontradas, de ouro, prata e bronze, são moedas romanas do período e cunhadas em outras partes do império romano ou em Israel.
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