O arqueólogo bíblico pode dedicar-se à escavação de um sítio arqueológico por várias razões. Se o talude que ele for estudar reconhecidamente cobrir uma localidade bíblica, ele provavelmente procurará descobrir as camadas de ocupações relevantes à narrativa bíblica. Ele pode procurar uma cidade que se sabe ter existido mas ainda não foi positivamente identificada. Talvez procure resolver dúvidas relacionadas à proposta de identificação de um sítio arqueológico. Possivelmente procurará informações concernentes a personagens ou fatos da história bíblica que o ajudarão a esclarecer a narrativa bíblica.
Uma vez escolhido o local da sua busca, e tenha feito os acordos necessários (incluindo autorizações governamentais, financiamento, equipamento e pessoal), ele estará pronto para começar a operação. Uma exploração cuidadosa da superfície é normalmente realizada em primeiro lugar, visando saber o que for possível através de pedaços de cerâmica ou outros artefatos nela encontrados, verificar se certa configuração de solo denota a presença dos restos de alguma edificação, ou descobrir algo da história daquele local. Faz-se, em seguida, um mapa do contorno do talude e escolhe-se o setor (ou setores) a ser (em) escavado (s) durante uma sessão de escavações. Esses setores são geralmente divididos em subsetores de um metro quadrado para facilitar a rotulação das descobertas.
1. A Mesopotâmia. Entre a Ásia, a África e Europa, uma região fertilizada pelas inundações periódicas de dois grandes rios atraiu muitos povos e obrigou-os a desenvolver obras de engenharia. Para coordenar a sua realização surgiu o Estado. Essa região foi chamada Mesopotâmia e assim denominada, sucessivamente pelos sumérios, acádios, amoritas, assírios e caldeus.
A economia da Mesopotâmia baseava-se principalmente da agricultura, mas os povos da região desenvolveram também a criação de gado, o artesanato, a descoberta de minários e um ativo comércio à base de trocas que se estendia à Ásia menor, ao Egito e à Índia.